Segundo estudiosos, uma das características da última década é a tendência da tecnologia estar evoluindo mais rapidamente que a capacidade humana.

O lançamento do Android e os avanços em inteligência artificial em poucos anos, por exemplo, evidenciaram nossa dificuldade de adequação. O fator humano está correndo atrás da própria evolução para que as coisas façam sentido.

Erica Isomura Duarte

Segundo a doutoranda em psicologia social e coach de desenvolvimento pessoal e empresarial, Erica Isomura Duarte, “o cenário do século XXI é mais amplo do que as transformações high-tech e requer um mergulho do ser humano na própria essência. Assim, há oportunidade de evolução com o que é novo. É fundamental resgatar a habilidade reflexiva e dialógica que, de alguma forma, perdemos no caminho dos avanços tecnológicos”.

Autenticidade e mudança comportamental

Nessa nova era, a mudança de padrões é ainda mais importante na esfera comportamental do que na tecnológica, por conta da própria complexidade humana.

Nas organizações, os papéis estão mudando, como sinal de que antes do entendimento com novos sistemas e máquinas é importante que as pessoas aprendam novas formas de se relacionar e inspirar umas às outras.

Erica complementa: “as pessoas buscam mais autenticidade. Nas organizações tradicionais, liderar é sinônimo de cargo. Em outras, mais conscientes desse processo evolutivo, significa ser legitimado pela equipe em algum campo do saber ou do ser. Significa que podem existir diversos líderes, independentemente de cargos.”

Liderança multifacetada

Ikigai é uma expressão japonesa que define a razão pela qual uma pessoa vive, similar às missões das empresas. Nos dois casos, precisa-se de disponibilidade para evoluir porque o processo de desenvolvimento requer dedicação e envolve abrir mão de padrões aprendidos e vividos anteriormente, algo que não é trivial.

Nesse contexto, a palavra “líder” se manifesta nos campos individual e coletivo. A forma como o profissional em posição de liderança se coloca em relação à equipe é reflexo da maneira como ele lidera a si mesmo. Sobre esse assunto, Erica compartilha: “o autoconhecimento não acontece sozinho, mas com a participação do outro e do ambiente. Nós nos transformamos e evoluímos, influenciamos e somos influenciados. Para compartilhar suas descobertas de forma natural, sem imposição, o líder de uma equipe pode criar espaços coletivos para diálogos e cocriação”.

Principais características

Erica, que se identifica como uma “cocriadora de insights individuais e coletivos”, idealizou a webserie intitulada “Líder do século XXI”, na qual indica os dez comportamentos mais relevantes para profissionais que encaram a jornada de se reinventar nesses novos tempos.

Confira nos links abaixo os mais importantes na opinião da especialista: Investir em autoconhecimento e Trabalhar com propósito.

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