Mais do que um conjunto de técnicas para espelhar as reações de outra pessoa, o rapport tem como fundamento abrir caminho para relações mutuamente satisfatórias

Desenvolver uma relação de confiança com as outras pessoas é fundamental, especialmente no ambiente de trabalho, mas essa conduta pode ser bastante útil em interações humanas de qualquer natureza.

É esse o objetivo do rapport, conceito da psicologia que significa “trazer de volta”. Bastante conhecida por profissionais de venda, a técnica é útil em qualquer área de atuação e facilita o estabelecimento de relações nas quais as negociações fluem de forma mais fácil e natural.

Além da imitação

Uma rápida pesquisa sobre rapport na internet pode conduzir a textos que se limitam a elencar as chamadas técnicas de espelhamento do tom de voz, ritmo de respiração e movimentos corporais. 

Mas de acordo com CEO do Instituto Opus, Bob Hirsch, criar rapport não é imitar e se tornar uma sombra do outro. O essencial é abrir caminho para gerar uma sintonia fina e minimizar ao máximo os ruídos da comunicação, em favor de uma interação mais propensa a resultados positivos. E isso só é possível com naturalidade.

“As técnicas devem ser utilizadas com sutileza, dentro do contexto, e precisam servir ao propósito de uma pessoa se mostrar verdadeiramente aberta e disponível à outra. Não há fórmula mágica. Cruzar as pernas imediatamente após a outra pessoa ter feito o mesmo não é o caminho”, explica.

Não abra mão do equilíbrio

Segundo o especialista, a capacidade de ler e reagir com equilíbrio ao estado emocional da outra pessoa também é importante. 

“Mesmo nas situações mais delicadas, onde o tom de voz da outra parte pode se elevar, o ideal é que você possa baixar o seu próprio tom. Para se ter sucesso e abrir caminho para a confiança”, comenta Hirsch.  

“É crucial também abrir um leque de possibilidades durante o diálogo e fazer a pessoa entender que a questão afeta os dois lados e que vocês podem resolvê-la juntos no momento e da forma mais favorável a ambos”, completa.

Bom humor? Bom sinal!

Hirsch destaca que uma boa maneira de identificar se um diálogo está caminhando bem é a presença de bom humor na conversa. “Nesse estágio, ambos estão definitivamente à vontade e não se sentem ameaçados um pelo outro. Uma risada compartilhada naturalmente pode ser a comprovação de que há receptividade mútua e uma prévia de que a situação tem tudo para terminar bem para todos”, afirma.

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