O principal segredo para se manter motivado é conhecer os próprios desejos, necessidades e o tipo de recompensa mais ajustado às características pessoais

Todas as pessoas são motiváveis. Mas, muitas vezes, tanto pessoas quanto empresas desconhecem os mecanismos capazes de ativar o ânimo necessário para a realização das atividades que o dia a dia demanda.

Responsabilidade compartilhada

Para Daniel Godri Junior, palestrante e autor especializado no tema, a responsabilidade em encontrar e aplicar tais mecanismos, no ambiente de trabalho, deve ser dividida entre o próprio indivíduo e seus gestores.

O papel das empresas

As dificuldades enfrentadas pelas organizações, no que diz respeito a assumir sua parcela nessa responsabilidade, têm conexão com a negligência, por parte de alguns líderes, do fator emocional que envolve as relações humanas.

Orgulho, ciúme, vaidade e medo surgem nos próprios gestores das empresas, nem sempre por falta de conhecimento, mas pela ausência de crenças positivas. Conhecimento se refere a tudo o que pode ser aprendido por meio dos estudos, enquanto as crenças se configuram como a forma como eles são colocados em prática, produzindo transformações reais.

A formação intelectual da liderança deveria também considerar espaço para a inteligência emocional.  “O foco deveria estar não somente na formação consciente, mas também na transformação do inconsciente. Ignorar as necessidades emocionais dos seres humanos é, em médio ou curto prazo, dar um tiro no próprio pé”, aponta o especialista.

O autoconhecimento como caminho

O cenário ideal para cultivar a motivação seria aquele em que as pessoas não trabalhariam apenas para as empresas que as remuneram, mas também para si mesmas e para um propósito maior.

Como isso nem sempre isso é possível, por vezes, a vida profissional pode apresentar ambientes de trabalho tóxicos.  Gerar e manter a motivação nessas circunstâncias só é possível com a certeza de um forte propósito naquilo que se faz.

Godri sugere uma ferramenta bastante útil para a melhor compreensão de como a motivação toma forma, em cada caso. Trata-se do DNA motivacional, criado pela palestrante e consultora Tamara Lowe. A ideia é simples e consiste em identificar os três pilares que contribuem para a motivação do indivíduo:

“O profissional não pode esperar o tempo todo o tapinha nas costas.  A motivação externa e a interna devem ser trabalhadas juntas. A externa por parte da empresa e a interna por parte do colaborador”, completa Godri.  

Desejos, necessidades e agraciação

Desejos, que têm relação com a preferência por conexão com pessoas ou por produzir coisas. Necessidades, que se referem à afinidade com atividades dinâmicas ou estáveis.
Agraciação, que remete às formas de recompensa: dinheiro, status, conexão com algo maior.

“Um grande benefício resultante desse processo de autoconhecimento pode ser a identificação das áreas de atuação que mais favorecem a motivação”, finaliza Godri.

Daniel Godri Junior é palestrante há quase 20 anos no mercado, realizando diversos treinamentos e palestras nas áreas de Motivação, Vendas, Atendimento ao Cliente, Liderança e Marketing.  Também é autor de livros relacionados a esses temas e apresentador do programa de televisão “Desenvolvendo Talentos”.

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