Startups voltadas ao mercado financeiro ganham relevância, mas continuidade do crescimento depende de investimentos e da associação com empresas tradicionais do setor
Você com certeza já ouviu falar em fintechs, termo criado para definir startups que tem o objetivo de inovar e aprimorar os serviços do setor financeiro. Em comum, essas empresas possuem custos operacionais muito mais baixos que o de bancos tradicionais e, por isso, têm maior flexibilidade para testar novos modelos de negócio.
O termo fintech é a junção das palavras financial (financeiro) e technology (tecnologia).
“Os grandes bancos gastam muito dinheiro para criar pequenas inovações, já que atuam em um mercado muito regulado em que qualquer erro pode custar muito caro. Também não podem simplesmente substituir as tecnologias que já utilizam, para atender um novo público, pois existe todo um sistema interligado”, afirma Daniel Couto Gatti, professor e diretor da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).
Em contrapartida, as fintechs têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho, com a promessa de oferecer serviços menos burocráticos e cobrar taxas mais justas de seus clientes.
“Com a facilitação de acesso às novas tecnologias, além de mão de obra qualificada, teremos cada vez mais novas startups no mercado gerando uma forte concorrência no setor, onde quem tende a ganhar muito com isso é o consumidor”, explica Gatti.
O que o futuro reserva?
Mas será que essa condição se sustentará por muito tempo? São três os possíveis cenários, de acordo com o professor.
“No primeiro deles, as grandes corporações investirão nessas empresas para que possam crescer e amadurecer. Assim, garantirão sua permanência no mercado, mesmo que ele seja tomado pelas fintechs”, afirma.
Já no segundo cenário, as grandes empresas perderão espaço para as startups, de forma muito rápida e irreversível.