Tecnologia promete tornar a análise de documentos e o combate à fraude mais ágil
Ao contrário do que se imagina, a inteligência artificial não é uma novidade. O mercado financeiro, inclusive, utiliza essas tecnologias desde os anos 80, por exemplo, nos bastante conhecidos modelos de concessão de crédito.
Porém, essa tecnologia ganhou bastante força depois de 2010, com o advento do Deep Learning, método que capacita computadores a realizar tarefas como seres humanos, o que inclui reconhecimento de fala, identificação de imagem e previsões.
De acordo com David Felice, coordenador de Business Development da Neural Mind, empresa especializada em oferecer soluções com foco em inteligência artificial, a tecnologia avançou muito nos últimos anos.
Por isso, áreas que precisam identificar objetos e textos em imagens estão vivenciando uma revolução.
“Hoje, há técnicas que tornam possível analisar milhares de documentos automaticamente e permitem, por exemplo, que um banco extraia e valide informações presentes em documentos de clientes, como procurações, escrituras e contratos sociais, de modo quase instantâneo”, explica Felice.
“A ciência auxilia os profissionais ao realizar tarefas que eram típicas dos seres humanos, como leitura de documentos extensos e compreensão de texto. Para que um trabalho específico seja automatizado, basta que um modelo de deep learning seja criado para auxiliar a empresa no processo”
David Felice, coordenador de Business Development da Neural Mind
Pessoas são insubstituíveis
Embora muitos profissionais tenham receio do avanço da inteligência artificial, não existem grandes riscos para eles, especialmente os que, hoje, realizam tarefas intelectuais e cruciais para as organizações.
“Uma analogia que me parece bastante exemplificadora é a invenção dos tratores escavadores. Até o advento dessas máquinas, cavar buracos na terra era algo tipicamente humano, que não poderia ser realizado de outra forma”, afirma.
“Com a popularização dos tratores, essa tarefa foi automatizada e passou a ser feita com eficácia muito maior. Com os modelos de inteligência artificial, não será diferente. A tecnologia vem para auxiliar o ser humano, e não ocupar seu lugar”
David Felice, coordenador de Business Development da Neural Mind