Como as tecnologias podem beneficiar o setor financeiro e suas práticas
Trabalhar com uma grande quantidade de dados, cruzar informações, gerar modelos e insights. As tecnologias atuais permitem um manejo interessante com tudo isso, transformando imensos blocos informacionais em interfaces amigáveis e interessantes para o público em geral. Nesse sentido, termos como big data e power BI emergem nos segmentos corporativos como tendências e chegaram para ficar e, por isso, o artigo de hoje irá abordar os pontos mais importantes dos dois conceitos, em especial no setor financeiro, e desmitificar a complexidade extrema dos itens.
Big data
Ainda que pareça contemporâneo, o conceito de big data surgiu no final da década de 1990, quando os volumes de informação armazenados começaram a crescer e atingir proporções gigantes. Percebeu-se, então, a necessidade de estruturar dados em bancos organizados, passíveis de garimpagem e análise. De lá para cá, o volume de dados cresceu ainda mais e, com isso, também as potencialidades do setor.
No setor comercial e financeiro, a grande sacada está na observação do comportamento do consumidor. Com uma vasta capacidade de registro de hábitos – quem compra online, como funciona a procura, como o cliente se relaciona com as marcas nas redes sociais – é possível entender a fundo o que cada um pensa e, com isso, otimizar os negócios. Por isso, a utilização de serviços de CRM – gestão de relacionamento com o cliente (Customer Relationship Management) – é uma das grandes aliadas das empresas na hora de entender seus públicos e analisar possíveis oportunidades.
Dados de um estudo da consultoria Protivit apontam que cerca de 60% dos profissionais de auditoria interna usam ou pretendem usar a análise de dados em suas atividades. No segmento financeiro, a gestão de diversas fontes de receita e gastos de uma empresa, por exemplo, pode ser feita com muito mais facilidade e finanças quando utilizam tecnologias de data analytics.
O forecasting é outro ponto relevante. Suas análises, voltadas para a previsão de dados e estimativas a partir de bases consolidadas, atuam como uma importante ferramenta para a tomada de decisões e realização de planejamentos. Entender como uma empresa poderá performar no futuro também é interessante para compreender quais companhias podem ser boas parceiras de negócios e de que maneira esses investimentos podem ser feitos.
BI
Saber a aplicar todos esses dados e análises de maneira compreensível é um tanto quanto desafiador, não é mesmo? A crescente utilização do data analytics, entre outros fatores, impulsionou práticas de business intelligence (BI) em diversos segmentos do mercado e, no financeiro, isso não é diferente.
Basicamente, o BI é um conjunto de metodologias e técnicas que contribuem para a criação de uma inteligência empresarial baseada em dados, análises e projeções. Em detrimento a processos de tomada de decisões baseados em suposições e perspectivas individuais, o BI permite embasar escolhas e até mesmo identificar possibilidades que poderiam passar despercebidas.
Um case interessante nesse sentido é o da Gasmig (Companhia de Gás de Minas Gerais), que enfrentava uma alta demanda de processamento de faturamento e vendas, bem como análises de receitas e itens vendidos. A implementação de estratégias de BI permitiu que isso fosse feito com muito mais rapidez e agilidade, gerando ainda tempo hábil para atuar no aumento das vendas e em mercados potenciais. Para consultorias, o business intelligence é ainda mais importante. Oferecer soluções inovadoras para clientes é importante e, mostrando o caminho percorrido para a criação desse conjunto de iniciativas é ainda mais relevante no mundo atual. A utilização de projeções, bem como de interfaces interessantes e dinâmicas, tem conquistado o mundo corporativo e se consolidado como a menina dos olhos de empresas, investidores e parceiros de negócios, sendo um promissor nicho nos próximos anos