A representatividade da mulher em cargos de liderança tem mostrado avanços, mas ainda é baixa

A ocupação de postos de liderança por mulheres é uma realidade que vem se mostrando positiva nos últimos anos, mas que ainda tem um longo caminho a ser percorrido. Na área de finanças, a realidade não é diferente.

Um estudo da UBS Investor Watch coloca o Brasil em posição de destaque quando o assunto é liderança financeira feminina: 45% das decisões financeiras são tomadas por mulheres. Na prática, isso mostra que a gestão do orçamento familiar é feita pela matriarca, indicando uma ruptura com o padrão de controle econômico regido pelo homem.

Fora dos lares, porém, a realidade é diferente. No setor financeiro, dados de um levantamento realizado pela Oliver Wyman Consultoria aponta que cerca de 60% dos novos profissionais da área são mulheres; contudo, somente 6% delas chegam a uma posição de CEO.

A última edição do levantamento também revelou que o segmento conta com uma representação feminina de 20% em comitês executivos e 23% em quadros de gestão. Ou seja, a presença dentro das empresas ainda é minoritária e discreta frente às potencialidades de crescimento, em um cenário que parece caminhar adiante, mas a passos lentos.

Em termos de investimento, o número de brasileiras que aplicam na Bolsa de Valores cresceu nove vezes ao longo dos últimos quinze anos, mas ainda representam somente 23% do total de investidores, segundo a B3. Assim como os demais indicadores, o que se observa é um avanço interessante, mas que apontam para uma sociedade em que a mulher não ocupa um patamar de igualdade em relação aos homens.

Crédito

Na área de gestão de risco e crédito, as mulheres são 19% do setor. Elas representam um quinto dos profissionais da área, um cenário bastante desigual quando se pensa na quantidade de profissionais qualificadas que compõe o segmento.

Do outro lado do balcão, porém, a realidade é mais otimista. Um levantamento feito pelo Itaú aponta que as mulheres empreendedoras conseguem maiores limites de crédito devido a históricos positivos de pagamento e cumprimento de dívidas. De acordo com o banco, as empresárias têm um limite de crédito máximo 77% maior do que o dos homens.

Na CISP, 2021 marca o ano em que, pela primeira vez em quase 50 anos, a presidência é ocupada por uma mulher: Eliane Ferlin, gerente financeira da Frimesa Cooperativa.

“Desde muito nova sempre busquei minha liberdade financeira. Na Frimesa, entrei como jovem aprendiz e cresci vencendo obstáculos, até ser convidada para a posição de líder financeira. Nunca tive medo de mudanças e desafios”, afirma Eliane.

Você pode conferir mais sobre a presidente e o cenário de lideranças femininas no podcast do mês. Acesse: https://open.spotify.com/episode/5PVpfo5RJYDucL4FEFyD0P?si=p9-haM56ScebUdkAgV9-nQ

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