Ex-associado da CISP, Siqueira ressalta tópicos que vão da gestão de risco à valorização de talentos nas equipes de Crédito

Gestão de risco e expertise na área de Crédito das indústrias são, sem dúvidas, tópicos sobre os quais os profissionais do setor precisam se debruçar constantemente, em especial diante do cenário econômico atual.

Com os impactos da pandemia, da guerra na Ucrânia e das políticas econômicas nacionais e internacionais, a estimativa é de que 6 milhões de empresas do país tenham fechado o primeiro semestre deste ano com suas contas negativadas.

Essa incidência alarmante – publicada neste mês pela CNN Brasil, com dados cedidos pela Serasa Experian – representa um crescimento de 3,45% na inadimplência empresarial, quando comparado ao observado no mesmo período do ano passado.

Para contribuir com insights que possam ajudar no dia a dia dos departamentos de Crédito das indústrias, o consultor e professor Denis Siqueira pontua cinco dicas aos profissionais das empresas associadas da CISP. Confira!

1 – Aposte no sistema Rating

No que diz respeito à gestão de risco de crédito, Siqueira pontua a automatização da classificação de risco da carteira como uma medida de grande contribuição. Para isso, o especialista sugere o sistema Rating.

Trata-se de uma classificação atribuída a ações ou outros títulos de dívida, relacionando a confiabilidade no pagamento, gerando informações que auxiliam na tomada de decisão para a concessão de crédito.

O sistema Rating “torna viável monitorar e classificar a carteira e expor alguns riscos. É possível projetar cenários e tomar as medidas cabíveis”, comenta Siqueira, que lista os principais pontos deste método:

2 – Estabeleça classificação interna de risco pelo Credit Score

De acordo com Siqueira, a classificação interna de risco pelo Credit Score também é uma ótima estratégia a implementar na empresa. A metodologia baseada em pontuações é um termômetro para avaliar o risco de inadimplência antes de fechar negócios.

Enquanto a classificação por Rating estará voltada para gestão de risco da carteira, essa segunda pontuação de score vai apoiar a decisão para a concessão ou não de crédito com foco em cada uma das operações.

“Mesmo que já usemos ferramentas externas de Credit Score, é importante ter o nosso próprio sistema de pontuação de crédito interno”, enfatiza Siqueira, argumentando que o nosso segmento de atuação e perfil de clientes pode trazer características não observadas pelos provedores de sistemas de score.

3 – Retenha a expertise de crédito das equipes

Para agregar aos modelos que geram dados, utiliza-se o método julgamental. Diferente dos que geram muita informação para análise, esse modelo é subjetivo e têm como base o know-how dos profissionais nas empresas.

Uma vez que o método está fortemente vinculado à visão de cada analista de crédito, Siqueira frisa ser de suma importância manter atualizado o mapeamento de processos das operações para alinhamento de condutas.

“É recomendável realizar auditoria e revisão anual, permitindo que se mantenham as boas práticas aos novos colaboradores da área”, diz o especialista.

4 – Documente casos de fraudes e clientes de risco

A quarta dica, ainda atrelada à conduta julgamental, é realizar estudos de caso para ocorrências negativas da área de Crédito e Cobrança. “Exemplos disso são golpes, clientes de risco identificados, prejuízos sofridos ou outras situações que tenha trazido um aprendizado importante que mereça ser reforçado e difundido”, afirma Siqueira.

A sugestão vale ainda que não haja um sistema ou programa de gestão do conhecimento na empresa, documentando, de alguma forma que permita que possam ser acessados sempre que necessário ou oportuno.

5 – Promova a valorização dos profissionais para potencializar as vendas

“É imprescindível investir em conhecimento para valorizar os profissionais das áreas de Crédito e Cobrança”, diz Siqueira em sua última dica, chamando a atenção para treinamento e capacitação de colaboradores e seus líderes. O ex-associado argumenta que uma equipe preparada e confiante pode reabilitar clientes e recuperar os valores com mais rapidez. Como disse Siqueira em conteúdo sobre prevenção de inadimplência: “Aprender com os próprios erros é mais caro do que qualquer treinamento.”

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