Brasil deve fechar 2018 com superávit de U$ 54,4 bilhões, com destaque para a exportação de soja e celulose
A balança comercial do Brasil teve superávit de US$ 4,9 bilhões em setembro. Com isso, acumula saldo positivo de US$ 42,6 bilhões nos meses do ano. A projeção é que as exportações superem as importações em US$ 54,4 bilhões no fim de 2018.
Segundo Marcello Cappuci Frisoni, coordenador de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Universidade Estácio, a variação das exportações no mês de setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado “demonstra um aumento de 14,7% de produtos básicos e quedas de 2,2% e 8,9% nos semimanufaturados e manufaturados, respectivamente. Entre os básicos, destacam-se farelo de soja e celulose”.
Duelo de gigantes
Para o especialista, o embate comercial entre Estados Unidos e China cria oportunidades e riscos para o Brasil. “Por um lado, os chineses são nossos principais parceiros comerciais e compram produtos como minério de ferro, açúcar, celulose, carne bovina, carne de frango e a soja, que sozinha representou US$ 20 bilhões nas exportações para o mercado chinês”, explica.
Já os Estados Unidos importam, sobretudo, aviões, semimanufaturados de aço e alumínio e petróleo bruto do Brasil.
Novas oportunidades
O Brasil é a segunda maior fonte de aço para o País. As vendas representam um terço das exportações brasileiras do produto.
“Mesmo que China e Estados Unidos cheguem a uma trégua, o governo chinês tem trabalhado muito bem com o Brasil e outras economias emergentes. Uma mudança na cadeia de suprimentos mundial está em curso e pode gerar novas oportunidades”, conta Frisoni.
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